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Mostrando postagens de janeiro, 2015

Estou mal comigo hoje... [tempestades chegam em nossas vidas]

Estou mal comigo hoje. Não vivo num contentamento há tempos Sempre olho para mim e enxergo ruindades Amarguras dilaceram-se em pensamentos pesados Tudo ao meu redor não me serve Nada que olho me agrada Nem mesmo aquilo que costumava a me agradar. Estou mal comigo hoje. Vivo pensando se o que faço está correto Se as mudanças que me entreguei estão me fazendo bem. Sei que mesmo que não estejam, quero continuar Porque da vida a gente não leva nada Tudo que se tem aqui permanece e estagna Não adianta dizer que sou assim ou se serei assado O que passou, passou, e eu tenho que compreender...

Quem sou Eu? [Inspirado]

Poema inspirado em... " Quando você ama alguém Seu coração bate tão alto Quando você ama alguém Seus pés não sentem o chão "  Música: Love Someone de Jason Mraz Sou uma pessoa em busca da própria liberdade Sou um ser extraterrestre habituado a mentir Sou uma poeira incapaz de ser movimentada Sou essa união de sentimentos isolados [ incomunicantes] Sou assim... Sou alguém a procura de alguém Sou uma borboleta violeta a girar sem parar Sou o mundo de "ponta cabeça" Sou eu... Uma pessoa complicada que ninguém entende [ nem eu]

Imaginação e medo caminham juntos

Já não se sabia mais o que era certo ou errado. Tudo parecia estar rodando em uma contradição eufórica da mente. As janelas escuras por conta da falta da luz de fora traziam penumbras que envolviam-nos num amedrontamento infindo. Um silêncio misterioso pairou de repente. O que aconteceu? Uma ventania descabida começou a rumorejar um som estridente e aterrorizante que causava calafrios. Uma moeda de cima da cabeceira da cama caiu sem ao menos pedir licença, o que acabou assustando a todos. Alguém gritou! Quem?

O que Edgar queria?

Edgar já sabia o que ele precisava naquele momento. Se não fizesse algo, morreria! Não podia mais ficar sem pensar, sem idealizar, sem sonhar... E vinha a suposta emoção do seu coração, que o abatia, que o deixava deveras desconcentrado, já não pensava mais no trabalho, nem em ninguém que não o importasse. Por quê?  Mas, por que era tão complicado encontrar um semblante em meio à multidão? Por quê? Por que... São tantos porquês que se torna difícil descrevê-los. Edgar já sabia o que lhe faltava, sabia exatamente do que precisava. Sabia que entre o céu e o inferno há coisas que ele nem imaginava; porém, uma delas ele tinha grande noção: o amor. Entre tantas coisas ruins que existiam entre o benevolente e o maléfico estava este sentimento dilacerador. Talvez este seja o que todos nós precisamos, pois se amássemos mais, reinaria a serenidade, o respeito e o bem neste mundo, que tanto precisa de mudanças boas!

pOr QuE eScrevO pRA miNoRIa???

Sempre me enxerguei na luta pelo público menos privilegiado, talvez pelo fato de eu pertencer a ele, mas não é só isso, ou melhor, tem uma outra causa. Escrevo para homossexuais porque sei que a literatura sobre o assunto é escassa, assim como, em diversos meios de telecomunicações. As pessoas sentem medo (o que é um absurdo!) de falarem sobre gays, lésbicas, transsexuais, travestis, bissexuais, entre tantas outras orientações e expressões das relações humanas, as quais tornam este mundo cada vez mais bonito e diverso (e cheio de purpurina, é claro! rsrs). Assim como escrevo para este público, também dou-me às pessoas que possuem algum "problema" que não vemos na maioria, como por exemplo, as síndromes. A Síndrome de Down é uma delas, que mais vemos por aí. Portanto, acho muito interessante escrever sobre, relatar nos meus romances pessoas que a possuem, tentando quebrar a imagem ridícula que alguns têm ao dizerem que tais indivíduos NUNCA poderão ser felizes ou amarão alg

O que os olhos veem (Último capítulo)

Se você ainda não leu o Capítulo 2 do folhetim "O que os olhos veem", por favor  CLIQUE AQUI!  antes de começar este. - Eu sempre fui assim, Júlia - lamentou César, abaixando a cabeça. - Eu desconfiava, mas hesitei em te interrogar. Eu via a maneira como você me tratava às vezes, jeito rude, pensava até que você não me amava - em tom baixo e sereno. - Eu saía com ele quase todos os dias... - Eu sei... - E nunca me disse nada?  - Sofri, sabe, César?! Mas, o que eu ia fazer? Eu aceitava, amava você. Fingia que tudo estava bem - uma lágrima saltou-lhe o olho esquerdo. - Desculpa... - o outro sentia-se mais pesaroso ainda. - Sou um monstro! - Não precisa se desculpar... Já passou... Meus olhos já viram o que tinha pra ser visto. E eu entendi. Você está feliz, agora? - Você é uma pessoa muito boa, Júlia. Eu tinha que ter sido verdadeiro com você! Peço desculpas, sim... - chorava. - Calma, César...  O outro tentava conter as lágrimas com as mãos, enquanto

Só perguntas

O que fazer quando não se tem o amor de alguém que se ama? Esperar? Mas até quando? Até que ponto levar um sentimento no peito que corrói? Viver flutuando de devaneio em devaneio? Ou partir para uma próxima aventura? Mas, quanto ao sentir este sentimento tão forte que chega a dilacerar? Deitar? Ou tentar esquecer do Eu que persegue de maneira fraudulenta o destemor? Você acha fácil? É caso de amor?

O que os olhos veem (Capítulo 02)

Se você não leu o primeiro capítulo, por favor, vá até lá primeiro antes de ler a continuação da história "O que os olhos veem"  CLIQUE AQUI! - Eu sempre pensei que a Júlia fosse ser mais compreensiva... - era César a lamentar. - Você contou a ela quando se casou? - Não, mãe!  - Pois, então, meu filho... Acalme-se. - Acalmar-me, mãe?! - disse com indignação. - Sim, César. Agora é esperar o que vai acontecer. Um silêncio. Depois de um suspiro da mãe, ela voltou a dizer: - Mas eu te avisei. Quando você me veio dizer isso, eu apenas compreendi. Não te recriminei, você sabe que eu te amo muito, te apoiaria de qualquer maneira. Mãe tem aquilo que chamamos de amor incondicional. Os olhos marejaram em lágrimas. César abraçou-a. - Mas, mãe, o que será de Clarinha sem o pai presente? Que desculpa vou dar aos familiares?... E a papai? - A seu pai, conte-lhe a verdade! - sugeriu a mãe, enquanto acarinhava os cabelos crespos do filho. - Nunca! - Ergueu o tom da voz. - Ele

Autodestruição

Chocalha  Carniça dependurada Mutação da vida degusta A leiteira da enrugada Senhora! Quero-quero a bicar Teus seios a congelar Mesmo que duros de pedra em forno Quente! Manicure dos pés encravados Cheia de dente Canhados! Fumaça dum charuto Rançudo! Melhor não importunar O planeta! Que já explodiu há Tempos! E sabe que ninguém percebeu. A informação Esvoaçou! E [apenas] uma formiga notou!

Desvendar

Carrego aqui... Não! Aqui mesmo, Aqui onde? Aqui no meu bolso. E desço... As mãos em suas coxas Pernas de morcego pairando no ar Esvoaçavam mais que perna de marionete Esquece! Rasguei o verbete. Mas não se canse de procurar. Pois, carrego aqui... Bem aqui, mesmo. Neste bolso que empelota sua mão Não me faça de bobo, meu alazão Que eu trago bem quentinho. E sabe o que é? Não sei... Um presentinho!

Ao próximo... Amor?

Sentir-se de um jeito inexplicável Farejar a dor alheia e saber acalentá-la Pousarem em teus braços traumatismos de uma vida Dar-se ao máximo para entender o próximo. Viajar com o outro nos pecaminosos caminhos Que a vida nos faz percorrer às entranhas De uma inconsciência cheia de turbulências Que, portanto, embebeda-se em melancolia.

Tristeza

Não é melancolia Nem mesmo sangue escorrendo Não é escuridão do martírio Nem o relógio correndo. É um caso de tristeza É uma angústia que te apanha É uma blusa sem botões Te encarcera sem perceber E mesmo que você ouse escapar Há volúpia pelo que é desprezado, A madrugada é passada em claro.

O que os olhos veem

- Você sabe do que estou falando, César. - Sei? - Sabe, sim. - Júlia, eu não queria mentir para você, mas é realmente isso. - Eu sabia... - chorou. - Eu vedei os olhos para nunca ver isso, mas hoje percebo como fui cega... burra! - Não diga isso, amor. - Não me chame de amor! - Vociferou. - Mas, desde que casamos você sabia que eu era assim... - Eu sabia, César? - ainda chorava. Ele abaixou o olhar; uma lágrima saltou. - Desculpe. - Já não é mais uma questão de perdoar... - O que é, então?

No balanço

Sentar-se num balanço Ter-te atrás num abraço Foi incrível! Um sentimento indescritível. Foi num rápido rodeio De meias palavras avulsas Logo embarcadas numa pulsação Ah! Foi inesperado!

Reencontro

Tenho passado pelas pedras da vida em busca de algo que nem mesmo eu sei dizer, ao certo, o que é. Enfrentei gigantescos pedregulhos, toras e mais imensas rochas graníticas envolvendo o meu passado e perpassando a continuidade do meu presente, afetando, sim, meu futuro. Um pensamento depressivo, eu sei. Mas quem aqui vos fala não é o autor dessas linhas sem fundamento. Quem vos fala é o Eu. O Eu de alguém que se perdeu em tamanha angústia que a vida lhe deu. É deprimente ler isso, assim, já no início de um ano; mas, digo-vos, que isso não é nada, quando comparado com a sofreguidão que a maioria dos seres buscam em sentimentos verdadeiros. Um clamor de desesperança infindo consome-me e eu permaneço, aqui, extasiado sem reação impulsiva; porém, quase que invasiva sobre minha sóbria mente embriagada pelo desejo mais promíscuo da humanidade: uma relação de amor. Será que é pedir demais em ser amado?