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Mostrando postagens de outubro, 2014

Quero flertar

Ele passa Meus olhos o acompanha Aquele seu jeito único Aquela camisa mal abotoada Aquela calça apertada, Seus dentes flamejantes Seu rosto bravejante. Aboleto-me no sofá Ainda meus olhos o cerca Uma barba rude Um braço forte delirante Um lábio rosado Mãos que me são utópicas Sua voz contagiante Ah, eu o quero...

Insônia

Deito, 23:30 Olhos abertos 23:45 Verifico o despertador 00:05 Balbucio uma frase Ele passa e vai Mas as horas não perdoam Esvaem em segundos Acompanho com a face amassada O Tic-Tac desenfreado 1:30 2:30 3:30

Velhice

Grisalha, Velha e cabelo de seda Torta, coluna desviada Quase morta, Semienterrada. Põe uma vela na janela Grisalha e velha Porque o tempo passou E mais nada sobrou Além da experiência esquecida.

Uma surpresa

Ele: Oi... Ela: Oi, amor, tudo bem? Ele: Só com saudades. Você está na faculdade? Ela: Não, estou cozinhando... Já te disse que minha aula sempre começa as dezenove horas. Ele: Mas, amor, já está quase na hora, você vai se atrasar. Não era para você já estar lá? Ela: Por isso que estou fazendo tudo muito depressa... Estou numa atropelação danada aqui. Ele: Estou atrapalhando?

INSPIRAÇÃO

Inspiração? Uma rosa, uma janela Um cravo ou canela Uma bermuda, ou uma porta Um ventilador, ou uma torta Um jantar, um recado Um amor, ou um pecado Uma vidraça, uma cortina Um anel, ou uma neblina Um carro, uma pessoa

Numa cadeira rosária

Uma poesia para despertar os mais profundos sentimentos e reflexões. Sintam a personagem em busca do amor, idealizando um parceiro, a triste ilusão de uma carta de amor, dos dedos cruzados, rezando para que a vida lhe desse um romance real. Você está nesta situação? Sentada numa cadeira Nem alegre, nem triste Uma lembrança, uma escolha Olhava as palavras Não as lia, só as observava. Sentada numa cadeira Nem feliz, nem melancólica Um devaneio, uma recordação Olhava as pestanas,  Observava as mundanas Tudo sem escrúpulo e mal ajeitado.

O que dizer de João de Barro de Maria Gadú?

E o que dizer dessa música maravilhosa de Maria Gadú? JOÃO DE BARRO Todas as vezes que a ouço, deito-me em meus devaneios Alusões são infalíveis em minha mente As paixões ressurgem num compasso desenfreado As promessas se esvaem, nada mais me importa. Encontro-me deitado, numa palpável dor sem motivo Talvez uma loucura, uma insanidade de minha mente Me acarreta numa impassiva e contagiante melancolia Tudo isso acontece quando ouço esta música, Esta simples e maravilhosa canção  Que me deixa de queixo no  chão Que me fez até construir rimas, rimas estas Que expressam os sentimentos quando a ouço Mesmo que tamanha seja a dor... TODAVIA...

O desespero de um indeciso [coisa do autor]

O desespero de um indeciso Quando eu poderei ser realmente feliz? Me faço esta pergunta todos os dias, encontro obstáculos, o medo, talvez, é o pior deles... Covarde? Será que sou covarde? Sim, acho que sou. Tenho medo de abandonar o que tenho, o que não me traz a verdadeira felicidade, para buscar a minha alegria. Hoje eu sei que a minha alegria não se encontra no que faço, e cada dia tenho mais certeza disso, queria poder voar, flutuar, experimentar vários mundos e decidir-me naquilo que eu realmente quero, naquilo que eu realmente sou. Mas não, vivo nesta condição banalizada, em que eu me banalizo, me exilo, me faço refém. Tenho consciência disso, mas todas as vezes que eu penso em mudanças, calafrios me atingem as vértebras, o famoso medo vem à tona, algo inexplicável. Eu queria, juro, queria muito mudar, mas percebo que é algo que não consigo controlar, não tenho condições psicológicas, não tenho condições de motivação, aliás, nunca tive motivação de alguém para nada, sempr

Nus na praça

Sentados, um olhava o outro. Ninguém passava por ali; nem mesmo uma brisa. Tudo parado, estagnado e imutável; ou melhor, somente eles, aparentemente apaixonados. Olhos nos olhos! O adentramento eloquente, o qual tinha o poder de contagiar qualquer um que ali estava como espectador, ou, qualquer coisa que ali estava os espiando. Em flama, estavam ambos olhando o horizonte, as árvores; uma mata rasteira espinhava os pés descalços e suficientemente suaves para se arrepiarem com o toque áspero da gramínea. No entanto, o arrepio maior vinha dos dedos esguios, exuberantes e macios que deslizavam a carne, tocavam-se - pele com pele -, uma mão doce e serena acariciava o rosto; a outra tocava o dorso, e as espinhas se contorciam num compasso romantizado e ruborizado. Apaixonaram-se!

Dicas de livros sobre o tema: Homossexualidade!

Como estou escrevendo sobre, nada mais lógico do que dar dicas de títulos que li e estou lendo no momento. Na verdade, andei lendo muitos romances, aliás, escrevo o gênero, portanto, a maioria, ou a unanimidade dos títulos serão de romances. Espero que goste. Estes são livros de autores Brasileiros: Apartamento 41 de Nelson Luiz de Carvalho Matéria Básica de Márcio El-Jaick