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Mostrando postagens de julho, 2015

TRI- ÁS-SI-CO

São encantos que a vida nos dá... Emoções que nos destoam e nos prendem Suspiros avulsos que percorrem o sistema Que me deixam deveras aquém da compreensão humana. São dúvidas latentes e persistentes São ensaios e mutações fantásticas Grunhidos de Centrossauros esquecidos. É a relva macia que nos aboleta São sons de Pterossauros nos cercando Frutos do mato quicando São vulcões ativos em chamas. Eloquentes e demasiadamente enrubescidos Coração saltitante e feroz Com boca seca a percorrer os ouvidos A estimular, talvez, todos os sentidos.

Sentado

Um caminhão passava, o ronco do motor acelerado deixava para trás apenas uma sacola plástica que com certeza fora despida de mãos humanas, e com ela uma mútua sombra empoeirada subia deixando o lugar inóspito. À beira da estrada numa cadeira de área estragada faltando algumas cordinhas estava sentado um homem que não parecia ter vida.  Ele olhava atentamente o horizonte. Tudo era seco e opaco, a poeira levantada sentava-se nele e ali ambos permaneciam unidos. Estático. O olhar congelado chamava atenção das pessoas em um veículo e outro que passava ali de hora em hora. Achavam-no estranho.