Pular para o conteúdo principal

Numa cadeira rosária

Uma poesia para despertar os mais profundos sentimentos e reflexões. Sintam a personagem em busca do amor, idealizando um parceiro, a triste ilusão de uma carta de amor, dos dedos cruzados, rezando para que a vida lhe desse um romance real. Você está nesta situação?


Sentada numa cadeira
Nem alegre, nem triste
Uma lembrança, uma escolha
Olhava as palavras
Não as lia, só as observava.
Sentada numa cadeira
Nem feliz, nem melancólica
Um devaneio, uma recordação
Olhava as pestanas, 
Observava as mundanas
Tudo sem escrúpulo e mal ajeitado.
Sentada numa cadeira
Agora ela lia
Lia e entendia
Que o que seu coração mais queria
Era ler aquela linda carta de amor.
Sentada numa cadeira, 
Com um lápis na mão direita
Dois dedos cruzados na esquerda
Esperava o encantador e imaginário
Não era nem um príncipe rosário
Era mais um homem comum da serenata
Já em meio a mamata
Vivia pensando à ideia de...

Sentada numa cadeira de mentira
Nunca cheia de ira
Nunca cheia de esperança
Muito menos de desconfiança
Sonhava com um veemente romance.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

O que dizer de João de Barro de Maria Gadú?

E o que dizer dessa música maravilhosa de Maria Gadú? JOÃO DE BARRO Todas as vezes que a ouço, deito-me em meus devaneios Alusões são infalíveis em minha mente As paixões ressurgem num compasso desenfreado As promessas se esvaem, nada mais me importa. Encontro-me deitado, numa palpável dor sem motivo Talvez uma loucura, uma insanidade de minha mente Me acarreta numa impassiva e contagiante melancolia Tudo isso acontece quando ouço esta música, Esta simples e maravilhosa canção  Que me deixa de queixo no  chão Que me fez até construir rimas, rimas estas Que expressam os sentimentos quando a ouço Mesmo que tamanha seja a dor... TODAVIA...

PaReCe Que...

Fotografia do próprio autor deste blog, Bruno Silva, tirada no Museu da Imigração do Estado de São Paulo.  Olho a porta entreaberta, vejo a mulher mais importante da minha vida. Ela está ali, mais uma vez, varrendo o chão, cuidando, distribuindo amor. Ela está ali, mais uma vez, realizando aquilo que mais ama, me inspirando, inspirando os outros ao seu redor. 

cuidado...

Já me falavam sobre sentimentos... Não só uma pessoa, mas algumas me falavam. Até porque poucas pessoas sabem o que são sentimentos. Fui vivendo, aprendendo cada um deles. O mais interessante de todos foi o cuidado, e eu, antes de tomá-lo, acreditava que cuidado não era sentimento. Porém, aprendi a senti-lo: sentir cuidado.