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Mostrando postagens de abril, 2015

As pessoas deixam marcas

As pessoas passam por nossas vidas e temos a certeza de que cada uma delas nos deixam marcas; sinais que levamos por toda a vida. Algumas deixam mais, outras deixam menos, mas todas, sem exceções, deixam um pedacinho de si conosco. É uma estrela cadente que despenca dentre as milhares do céu, que nos vislumbram traços, gestos, ombros amigos e uma boa piada no fim do dia. São pessoas que nascem e cruzam nossos caminhos, que, por mais imperfeitas, juntam-se aos nossos erros e causam todo um holocausto de emoções, sensações, o que é incapaz de ser definido a olho nu. Talvez porque os sentimentos não são vistos; são sentidos e apreciados apenas por aquele que os sentem. São pessoas que deitam ao nosso lado, que nos abraçam, que nos remetem a fatos e esperanças que levamos por toda a vida. É um ramo de sentimento que nasce no coração, senão dizer na mente, o que transmite uma simples sensação de prazer e de necessidade; de querer estar sempre ao lado e nunca mais almejar a distância. É...

Lamúrias de um sonhador

Nesta noite de luar seco Deito em pastagens felpudas E digo às estrelas: O que ainda me falta? Converso com elas, Exponho lamúrias O corpo debruçado. Não é o que almejava Nem mesmo a gota de suor O sonho se desfez em pó A vida complicou em nó E eu permaneço perguntando a elas O que ainda me falta? Uma constelação me diz isso... A outra, diz-me aquilo... A terceira, não me diz nada... A quarta,simplesmente não existe... O que ainda me falta? O que ainda preciso? Sentimento? Um amigo? Um abraço? Um castigo? Um beijo? Um abrigo? Uma revelação? Um sorriso? O que ainda me falta? O que ainda preciso? Nesta noite de luar seco Inexpressivo! Já não acredito No que acreditava há algum tempo No que me falavam a respeito No que eu precisava ensaiar Nem mesmo é isso... Nem mesmo consigo... Parar de pensar... Que um dia há de chegar O que ainda não surtiu efeito.

Ao sol do meio-dia

Descalços, andavam por aquela merda de lugar. Era um sol que não mais estalava o coco da Bahia; era mendigo a queimar seco ao ardor dos ventos. Três pessoas indefinidas, derrubadas e cansadas da vida do sertão nordestino. Uma delas disse: - Caralho, Ruivaldo! Para de tacar pedra de barro seco na cabeça da tua tia! - era uma tom austero. O menino de vinte e poucos anos, sentado numa cadeira de rodas, gemeu: - Hum, hã... bá... - balançava a cabeça de um lado pro outro sem parar.

Nem é bipolaridade

Acho engraçada essa vida Uma hora você está bobo Outra, sério Em uma próxima, chateado Logo em seguida, bravo Como pode nosso humor mudar tanto? Muda constantemente... Levianamente... Sem a gente perceber. Acho engraçada essa vida A gente se apaixona  E logo depois se dá conta Que não era tudo aquilo Nem mesmo quer mais senti-lo Ainda tem a coragem de dizer: "Como eu fiquei com você?" Acho engraçada essa vida Nem parece verdade Nem parece mentira Assemelha a uma desordem mental Em que uma hora tudo está bem E na mesma hora, tudo está mal.

Resenha do livro: O armário (4ªed.)

Livro: O armário: vida e pensamento do desejo proibido (4ª ed.). Autor: Fabrício Viana Entre e saiba mais do livro e da vida deste militante gay! Produzido pela Editora Orgástica e com um material de qualidade, o livro O armário: vida e pensamento do desejo proibido do escritor e militante gay Fabrício Viana, é uma ótima opção para quem quer conhecer um pouco mais sobre o processo de entrada e saída do armário; entender quais as causas que levaram a nossa sociedade a ser exatamente da maneira como é hoje: homofóbica e machista. O livro é dividido em duas partes: na primeira ele relata de maneira muito explícita e orgânica toda a sua trajetória como homossexual; seus desejos internalizados, suas angústias, sofrimentos e descobertas. Fabrício é formado em bacharel em Psicologia e mora atualmente com seu marido na grande capital, São Paulo.

Aprendi...

Ontem, hoje, amanhã... Eu vou aprendendo a cada dia, com cada uma das pessoas que passam por minha vida. Aprendi a não gostar demais, porque o sofrimento é trágico; aprendi a não idealizar coisas que não estão nem próximas da realidade; aprendi que querer alguém é diferente de já tê-la ao seu lado; aprendi que devemos dar valor a nós, acima de tudo, de conquistar os nossos sonhos, antes de pensar em qualquer outro que seja; aprendi a dar-me a si próprio, a perdoar quando preciso e a ser eu mesmo numa relação que não mereça que eu seja um alienado; aprendi que devo dar valor a minha alma, ao meu corpo, às qualidades que possuo, e a transformar os meus defeitos em pontos positivos; aprendi... Bom...