Olho para o céu estrelado desta noite e me deparo com o passado, talvez esta seja mais uma vez que eu faça isso. Percebo-me inquietante, às vezes, parece-me estranho relutar com os pensamentos, dessa maneira, deixo-me levar pelos delírios.
Não são delírios comuns, já havia tempo que gostaria de digitar algumas poucas palavras, até que meu computador começou a grasnar de repente. Hoje estamos tão dominados pela tecnologia que meu cenho já envelheceu uns cinco anos, ou mais! Pode ser um "drama" da minha humilde alma, mas me sinto mais forte e ao mesmo tempo mais cansado, como pode?
Sábias e sábios me disseram uma vez que o que é meu está guardado, como numa caixinha de Pandora. O problema é aguardar tantas mutações de mim mesmo para poder receber o que me pertence, pois eu anseio. Minha alma ainda anda machucada pelo pouco que vivi, mas eu sei que sou forte o suficiente para deitar, descansar e me recordar apenas do que foi bom, e me lembrar de como tudo se transformou.
O tempo, a temperatura, a massa, e tantas outras grandezas físicas, se rebelam contra mim, elas estão todas opostas ao meu sucesso... Será?! Logo depois, eu mesmo concluo que grandezas físicas não se rebelam, já que somos nós quem as controlamos, mesmo que estejam nesta grande estufa chamada Terra.
Bem, o novo pode nos mostrar como tudo que vivíamos era mágico, era bom, era interessante, mas que o hoje traz consigo a atração pelo que somos agora, pois o que me tornei desde aquele passado é muito mais encantador que qualquer memória póstuma que eu possa guardar dentro de algumas sinapses. Digo algumas porque prefiro me recordar da bondade e do amor.
Bem, e mais uma vez, agora finjo que irei concluir o texto, que na verdade para mim só faz sentido quando ouço algumas das canções que me levaram a escrevê-lo, e que, de repente, aliás, até por eu não gostar de nada muito planejado, já que me sufocaria, quero que estas palavras perdurem no tempo. Com certeza, e não posso concluir nada sobre a vida, mas posso pontuar fatos, e um deles é que as transformações da minha vida se devem a minha incansável mania de não estar satisfeito com o que vivo, e, ao mesmo tempo, ser grato por tudo.
Que o novo possa nos surpreender, como ele sempre faz.
Obrigado por ler até aqui!
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