Será que estamos falando de algum futuro? Talvez o que temos nesses últimos tempos é um misto de sensações, de fardos internos e externos, os quais passamos a carregar para nos livrar (e aliviar imediatamente) da realidade. Realidades que, aliás, criamos e recriamos todos os dias. Bom, o real possivelmente tem se tornado muito mal auspicioso, temos estado na batalha dos egos, dos flagelos, do tesão, do sexo diário sem sentido, do imediatismo. O fardo que a vida nos dá tem se tornado pesado demais para muitos, e mais ofegante para outros. O agravante está nas condições extras e extremas que a própria sociedade (de seres humanos) tem proposto. Filho do filho, do mesmo DNA histórica e biologicamente construído.
Há algum tempo tenho percebido que a natureza tem desmoronado; não precisa ser grande observador para isso. Olhai-vos ao redor do nosso próprio ego, lá estará uma importante destruição local. Muitos dependem do espaço que tiramos, das mazelas que cometemos, dos sonhos que desvencilhamos. Daí vem a desigualdade.
A desigualdade por mais que parece ser única, é multifacetada. Nada inclusiva; haja exclusão para seu caos externo e opressão interna. Vivemos a mazela dos enfermos psicologicamente destruídos, fisicamente debilitados. As rugas já não são mais problemas graves; elas nem aparecem mais. Somos a derrota do mundo, a faceta gasta e desgastante que permite e veicula o caos.
Houve aumentos! Aumentos severos! O substantivo mais inconstante quando falamos das estatísticas, que vai acompanhado de um ou mais adjetivos, para qualificá-lo em mortandade, em monstruosidade, em tremor dos que já eram debilitados (conceito também multifacetado). O caos tem se instaurado e a paz também... NÃO, você não entendeu errado, a paz tem aumentado. Parece-me que a paz tem aumentado àqueles que sustentam o energúmeno. A paz de poucos tem destruído a de muitos. Temos vivido assim, e parece que está tudo bem.
As árvores que caem todos os dias na Amazônia não é um caso de velhice, é por roubo, por maldade, por uma célere e desequilibrada paixão por aquilo que não é nosso. O mundo nos foi emprestado, nos foi deixado, muito distantemente para usarmos alguns de seus recursos e prolongarmos a sua vida em todos os sentidos. Aliás, a vida também me parece multifacetada. Infelizmente, tem-se dado mais valor às riquezas entropicamente construídas, escoando todas as riquezas naturais que provavelmente teriam sido desvalorizadas; quiçá, perdidas.
Reflitamos, é preciso!
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