O sol que nasce agora traz novas energias.
Todos os dias sempre tem algo para acontecer. Seja o acordar, seja o dizer "bom dia". Seja ouvir uma cação do vizinho; seja abençoar alguém com seu sorriso. Seja ver no cenho do outro uma história, uma angústia, uma felicidade, ou várias dessas. Todos os dias sempre tem algo para acontecer. Parece impressionante, não é?! Como pode os momentos serem tão únicos?!; soarem em uníssono tão singelo e ao mesmo tempo tão capazes de nos fazerem entender que a cada nova manhã as coisas, os modos, os sentidos, podem mudar.
Não cansar da vida é acreditar que todos os dias são dias, nos quais há distintos tempos; há chuvas, há frios, calafrios, sensações diversos!, que nos fazem ser tão inconstantes e, ao mesmo tempo, tão capazes!; capazes de guiarem-se num mundo em constante transformação.
As nuvens são o símbolo mais ínfimo de mutabilidade... São levadas pelos ventos de um canto para o outro e tudo pode acontecer... Podem se desmanchar, distorcerem-se, e se acabarem. O que parece ser cruel, na verdade é uma nova forma de se reconstituir... As partículas do mundo estão soltas, vivem-se em (des)harmonia; tudo é uma questão de ser, de existir, de sentir, de coexistir. Compatibilidade? -- Nunca leve esse termo tão ao 'pé da letra', somos compatíveis até o momento em que coisas possam ser (com)partilhadas, sejam elas ideias, momentos, palavras, ou, até mesmo, objetos. Ser compatível não existe; estar compátivel é mais sensato.
Por isso sorrir em diversos (senão, todos) instantes que alguém está com você, torna eloquente e verossímil o sentido de estarmos todos os dias em mais um dia. A espera certa cansa menos que a areia movediça; o notar-se da transmutação alheia é algo que nos permite entender melhor como as pessoas vivem consigo mesmas, e abdicar de tamanha parcialidade, levando-nos a entender que cada ser sobrevive em si com aquilo que pode e com aquilo que é permitido em seu verdadeiro âmago.
A consciência das mudanças; a consciência de que nada é infinito -- a não ser a incerteza de cada embuste em nós --, traz-nos o real desapego à tristeza do caos. Pensemos mais no amanhã como forma de refazer; ou de renovar; não como mais um dia a se sobreviver.
Obrigado por ler até aqui!
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