Pegue uma margarida
Dê cinco a seis passos
Deixe ela em seus braços
Depois adormeça.
Cutuque seis pétalas estéreis
Puxe duas inférteis
Lembre-se, nada há de ser verdade.
Não destrua a flor
Não agora, não...
Abra seus estames suculentos
Pise neles com uma alfinetada
Deixe-os abertos e sorria
Grãos de pólen voarão a milhas!
Fecundarão margaridas
Surgirão vidas!
Enfim, abrace devagar aquela alma
Há poda da Asterácia,
julgue por dentro, não por fora
Ela se abrirá, um dia, num lindo girassol.
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