Nem se eu quisesse apagar, apagaria
Nem se eu quisesse esquecer, esqueceria
Nem se eu quisesse destruir, destruiria
Nem se eu quisesse matar, ele morreria...
A distância traz a tristeza
O vento, a leveza
O que nem sempre nos treina à destreza.
Eu choro em lágrimas secas de dor
E desfaço mundos de despedidas mal-formadas
Assuntos que me vêm à mente e sensações desprovidas de sentidos
Eu murcho os lábios inferiores e uma gota molda-se em meus olhos
São tantos sentimentos envolvidos, que mal percebo qual deles é o maior
Talvez não exista; talvez eu apenas sinta e sinta sem saber o que sinto e caio no abismo
Numa serra, Serra do Mar
E depois eu imagino seus olhos e seu toque e noto que eu preciso disso cada vez mais
São momentos de desiquilíbrio em minha alma
São distorções do que eu vivia, do que acreditava
São sentimentos que surgem sempre quando não precisamos deles
São destemores involuntários...
Eu choro duas, três, quatro vezes até que minha face caí em mazela
E eu, antes tagarela,
Sou agora, um pouco mais que meia tigela
Sou esse maço mal acabado de coisas que nem mesmo sei definir
Que ousa sentir e se arriscar nessa vida por aquilo que talvez não faça bem
Mas sigo, sigo, sigo... retrocesso?
Não digo...
Porque o que eu mais gosto é de sentir.
DICA DE MÚSICA:
GREEN EYES - COLDPLAY
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