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De todas as noites que eu vivi, a mais bela foi a de lua cheia. Nela eu retomei energias que jamais pensei que existissem - a gente sempre pensa no "jamais". Ah, a vida é mesmo uma caixa de surpresas. Às vezes, boas. Outras, não tão boas. Pensei...
O amor é a única coisa que consegue me nutrir de vontade, às vezes até de satisfação... E eu me despeço de tantas outras coisas para poder enaltecer o grande refúgio que deveria ser eu mesmo, mas que lhe atribuo objetificações, porque assim fica mais fácil encarar a mazela da qual entrei nesses anos de vida.
Ah, a gente não sabe de nada, e pensamos que estamos vivendo as certezas. É uma pena se lembrar do vento, do rugido, do mundo todo... Dentro de tudo isso há colapsos, há marés entrementes sombrias, porventura, amargas. Sim!, o paladar importa... Todos os sentidos importam tanto, não é mesmo? Não basta sermos apenas tato, termos apenas gosto, apreciarmos apenas os sons, vivermos apenas do olhar, temos que ser sabor, olhar, cheiro, som...
Repenso todos os dias a nossa posição no universo e sempre caio no mesmo labirinto - que posição? Do quê e para quê pensar em se posicionar dentro do mundo se estamos nele apenas de passagem, e sem o mínimo de condições de nele entender que tudo e todos somos os mesmos, com proteínas diferentes.
A madrugada interminável chega... Lá vem ela se apossar dos meus sonhos. Minha mãe me chama para deitar - descansar a mente. Saio da auspiciosa e fecunda noite, cheia de estrelas, e adormeço dentro de sonhos que me balbuciam e que me enchem de esperança. Os sonhos me deixam leve. Tudo fica mais leve... A madrugada interminável realiza a síncope dos meus desejos e posso desfrutá-la de forma mais verossímil e benevolente.
Ah, adormecido caio em retrocessos... Subo ladeiras... Encosto em chamas... Revivo o meu futuro e misturo tudo isso com o passado.
Obrigado por ler até aqui!
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